O Mecanismo: A ficção imitando a vida, ou não.

O Mecanismo é criada e dirigida por José Padilha, mesmo diretor de Tropa de elite. Conhecido por sua crítica ao sistema, Padilha traz mais uma vez o olhar realista sobre a história da corrupção no Brasil. Baseado livremente na Operação Lava-jato, operação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Procuradoria Geral da República, a operação começou com o esquema de corrupção comandado pelo doleiro Alberto Youssef no antigo Banestado, que mesmo após delação premiada, continuou com os esquemas de lavagem de dinheiro em um escritório mantido em um lava-jato dentro de um posto de gasolina na capital federal, Brasília.

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Padilha usa da licença poética para mostrar como o esquema funcionava e como a obsessão de um único homem levou a uma grande caçada aos políticos brasileiros e grandes nomes do empresariado nacional. Como sempre, faz o espectador pensar e refletir sobre tudo o que é apresentado na película.

Na série, nomes de órgãos do governo e instituições público-privadas foram trocados e adaptados, mas percebe-se claramente de que instituições estão falando. Assim como os nomes dos personagens foram trocados, mas os papéis e os fatos tão claros não nos deixam dúvidas de quem eles representam na nossa sociedade.

Marco Ruffo, interpretado por Selton Mello, é um agente da Polícia Federativa. Conhecido por seu temperamento explosivo, não aceita não como resposta e usa de meios pouco convencionais para conseguir levar adiante sua investigação. Não, ele não faz nada ilegal, mas vai até as últimas consequências para conseguir o que quer. Marco tem motivação pessoal na investigação, isso fica claro ao longo da primeira temporada.

Verena Cardoni (Carol Abras) é amiga de Marco e trabalha sob seu comando. Por conta da amizade, é quem puxa a orelha do amigo as vezes, mas nem sempre consegue controlar o ímpeto de Ruffo de passar dos limites, dentro e fora da repartição. É quem toma conta do caso quando Ruffo é afastado compulsoriamente.

Roberto Ibrahim (Enrique Díaz) é a “pedra no sapato” de Marco Ruffo. Desde a infância se conhecem. Ruffo sabe que Ibrahim é sujo, corrupto, mas precisa de provas para levar o caso adiante e ele se aproveita disso. Tem envolvimento no escândalo de lavagem de dinheiro do Banco do Estado e faz uso do direito de delação premiada para continuar livre.

Paulo Rigo (Otto Jr.) é um juiz linha dura, que está disposto a acabar com a corrupção, mas que procura sempre andar na linha, não se permite ser usado quando a investigação ainda está em dúvida sobre os fatos, não trabalha com achismos, prefere a certeza para que ninguém consiga derrubar suas decisões depois. Ao longo da série percebemos que o poder lhe sobe a cabeça e começa inclusive a treinar sua assinatura, pensando nos autógrafos futuros.

A série é recheada de personagens do nosso dia a dia, como o Japonês da Federal que virou o Agente China, e os ex-presidentes, Dilma Roussef, que é Janete Ruscov, e, Lula, que virou João Higino, além de Aécio Neves como Lúcio Lemes e Paulo Rigo como ninguém menos do que Sérgio Moro. Ah, e o Alberto Youssef que começou essa coisa toda é o Roberto Ibrahim. Até a revista Veja está presente como Revista Leia.

São claras as referências a Odebrecht, Petrobrás, OAS, Banco do Brasil, Partido dos Trabalhadores, e outros nomes envolvidos no escândalo da Lava-jato. Obviamente que todos com nomes trocados, que fazem uma leve referência aos nomes reais, mas nada que não se perceba facilmente ou que uma rápida pesquisada no Google não nos mostre quem é quem.

A segunda temporada começou a ser produzida e filmada ainda em 2018 e teve seu lançamento em maio de 2019. Tempo suficiente para inserir novos elementos na série e fazer com que mais dúvidas fossem inseridas no mecanismo, já que aqui fora, na vida real, a coisa não parou de acontecer. O ano é 2014 e Janete Ruscov ganhou as eleições. Dos 13 empreiteiros envolvidos no esquema investigado pela lava-jato, 12 já estão presos.

Na nova temporada, o que alguns caracterizam como erros de continuidade, outros chamam de provocação. Certo é que alguns nomes não foram trocados como na primeira temporada e temos Polícia Federal, Partido dos Trabalhadores, PSDB e PMDB devidamente citados em alguns episódios. Segundo o criador e diretor José Padilha, isso não foi um erro, foi “proposital”. Ele lembra que na primeira temporada ainda estavam patinando em terreno incerto, mas, como a produtora, ele ou a Netflix não foram processados, estava ok escancarar na segunda temporada. Vai que é a última.

Motivo para uma nova temporada tem, já que a segunda conta o período de 2014 a 2016, além de que, a corrupção não para, mais nomes foram (e são todos os dias) incluídos na lista de culpados, prisões bombásticas, eleições, atendados, e a reviravolta comeu solta com o resultado das urnas em novembro. Até milícia está rondando o cenário político atual. E em Brasília.

A série tem o difícil “dever” de, mesmo que de forma ficcional, falar de um assunto que não tem fim, que está em constante atualização, uma vez que a corrupção no país é tema sempre atual.

Será que esses novos elementos foram incluídos na nova temporada? Ou será que a continuação ainda não contempla o cenário atual, dando margem para uma terceira temporada? Esperamos que sim.

Provocante como sempre, Padilha termina a segunda temporada com um plenário cheio de deputados votando o impeachment da Presidente Dilma Roussef, ops, Janete Ruscov e é quando aparece um deputado sem nome, fazendo um discurso bem parecido com o de alguém que chegou ao cargo máximo da nossa democracia. Se isso não é provocação, eu não sei o que é.

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